As algas são organismos unicelulares ou multicelulares, capazes de produzir seu próprio sistema de obtenção de energia para o metabolismo (autotróficos), através do processo de fotossíntese no qual assimilam luz e dióxido de carbono para produção de oxigênio e carbono orgânico. Considerando o processo evolutivo, as plantas são oriundas das algas; sendo assim, uma diversidade destas possuem clorofila, a despeito de não possuírem folhas, caules e raízes. Tal processo não se deu apenas com as algas verdes, mas pode-se observar na adaptação de ambiente, que algas vermelhas e marrons produzem pigmentos carotenoides em quantidades consideráveis, haja vista sua necessidade de proteção contra a alta intensidade luminosa.
As microalgas, algas microscópicas, são organismos eucariotos capazes de realizar fotossíntese; neste sentido, há também um grande avanço em estudos que envolvem as cianobactérias, bactérias capazes de obterem energia também através da fotossíntese.
Dentre os grupos das algas, as microalgas e cianobactérias têm demonstrado inúmeras aplicações de interesse industrial, bem como produção de biomassa proteica para indústria de ração humana e animal, síntese de óleos especiais como ômega-3 e ômega-6 para a indústria farmacêutica, produção de pigmentos carotenoides na indústria alimentícia, lipídeos que podem ser aplicados para produção de biodiesel. Em todos os campos industriais as microalgas têm o poder de agregar valor a uma variedade de produtos e serem potenciais matérias-primas para produção de biocombustíveis.
Para alavancar o conhecimento sobre este grupo de organismos é essencial o uso de ferramentas de bioinformática na exploração de dados de sequenciamento de microalgas e cianobactérias, com o intuito de conhecer melhor as funções gênicas relacionadas ao metabolismo para posteriormente aplicá-las para melhoramento genético e alcance de maiores resultados para o escalonamento industrial.